Quem é amante da boa música, obviamente, soube que nesse feriado passado, do dia 29/03 à 31/03, aconteceu no Jockey Clube de São Paulo, um dos maiores festivais de música do mundo, o Lollapalooza. O evento foi criado, em 1991, pelo o vocalista americano da banda
Jane's Addiction, chamado Perry Farrel, com intuito de criar uma turnê de despedida para sua banda. O resultado foi a criação de uma das grandes celebrações à música, principalmente ao rock, que persistiu com sucesso até 1997, acabando neste ano e sendo retomado em 2003. O Lollapalooza ajudou a consagrar muitos artistas que fazem grande sucesso ainda hoje e ajudam a influenciar a nova geração. Exemplos como
The Killers,
Red Hot Chilli Peppers, The Strokes, Pearl Jam e mais alguns outros, ilustram bem tal situação. O festival consegue misturar o rock com o eletrônico, com uma variadade musical extensa. Ele é claramente um sucesso, por isso foi exportado em 2010, chegando ao Chile, e, dois anos depois, ao Brasil, mais especificamente à São Paulo- a capital cultural do país. A segunda edição por aqui, foi mais uma vez vitoriosa, atraindo um bom público de fora da capital paulista, e um execelente de dentro da mesma. Consequência: Jockey Clube lotado nos três dias de evento, como mais de 55 mil pessoas por dia. O que trouxe esse grande público- ainda incomparável com o Rock In Rio, por exemplo- foi a razoável quantidade de atrações conhecidas para o público específico e a vibração alucinante que, bandas nem tão famosas, conseguem expor. Uma fórmula de sucesso que faz com que os tais fans queiram o evento, no mínimo, duas vezes ao ano.
Porque será que precisamos de estrangeiros para termos esse nível de festival? O investimento no Brasil cresce cada vez mais, pessoas acumulando riquezas, e nos restringirmos ao Rock In Rio- apenas ocorrido em quatro ocasiões-Planeta Atlântida, Festival de Verão, e mais alguns outros, todos eles trazendo, quase em sua totalidade, artistas nacionais consagrados, logo não há divulgação de bandas emergentes, o que virou de praxe no Lollapalooza. Dizer que surgem mais bandas nos EUA e que são melhores é uma maneira simplista de explicar o fato, o que falta é investimento maciço nesse tipo de festival, aos moldes do americano. O ideal é trazer bandas consagradas sim, mas fazer a base da pirâmide do evento com bandas ainda sem nome, para que isso se torne um ciclo. Consagra-se bandas, trazendo também ao palco as que, potencialmente, se consagrarão no futuro. Um ciclo lógico, que poderia ser aplicado aqui também, se houvesse investimento e a crença de que isso pode dar resultado, e ampliar a música no país.

The Killers brilhando no primeiro dia de Lollapalooza 2013
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